quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A Alemanha não é para velhos.

 
 
 
 


Esta história é brutal – e actual. Dispensamos os superlativos absolutos. Sonja Miskulin, de 94 anos, que sofre de demência senil, foi internada num lar na Polónia, a centenas de quilómetros da cidade alemã onde vive a sua filha. Mais um (ou uma) entre os muitos idosos alemães que são internados em lares da Polónia que, por serem mais baratos, conseguem assegurar o tratamento e cuidado dos avós da Alemanha a melhores preços. Será este o novo produto de exportação da Alemanha? – perguntava o meu amigo Jorge. Os novos Mercedes e BMW’s? «Exportação de avozinhas», assim lhe chamam. Outros, num tom mais político e ácido, falam de «colonialismo gerontológico». A filha de Sonja tem 66 anos e afirmou: «Só posso dizer: filhos, quando os vossos pais começarem a ficar velhos, mandem-nos para a Polónia». A Alemanha não é para velhos.
 
 
 
 

2 comentários:

  1. No RU os cuidados domiciliários aos idosos foram recentemente retirados ao SNS e privatizados. Os profissionais que os asseguram têm exactamente 15 minutos para cada visita e como trabalham no chamado horário zero não estão em posição de resisitirem à pressão de fazerem cada vez mais visitas e o seu quotidiano é um alucinante contra-relógio. Os idosos, na maioria totalmente dependentes até para a sua hygiene intima , não chegam a conhecer as pessoas que os tratam sempre diferentes de cada vez. Portanto a "exportação" para a Polónia até pode ser uma melhoria. O neo-liberalismo não é realmente para velhos.

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  2. Ao que parece, até a Dinamarca, o país mais feliz do mundo, não é para velhos.

    http://umjeitomanso.blogspot.pt/2013/10/este-mundo-civilizado-nao-e-para-velhos.html

    Cumprimentos.

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