sexta-feira, 21 de junho de 2019

# - perguntas alfacinhas.


 
 
 
         Porque é que continuam a matar Lisboa?
 
         No Saldanha, a Torre de Picoas, 17 andares, o passeio estreitíssimo.
 
         Na Rovisco Pais, junto ao Técnico, um passeio imenso, em nome da pedonalidade e da mobilidade.
 
         Dois critérios?
 
         Como se autorizou que a Torre de Lisboa, um monstro de 17 pisos, chegasse até ao passeio, com um enorme impacto na mobilidade?
 
         O promotor ocupou indevidamente terrenos municipais, houve queixa, o Ministério Público arquivou.
 
         Mas e agora um monstro na Almirante Reis?
 
         Não basta já ter-se destruído, com prédios sem nenhum valor arquitectónico, a Fontes Pereira de Melo, a Avenida da República, muitas ruas das Avenidas Novas, que mais parecem Bogotá ou pior?
 
         Do pouco património arquitectónico que temos, continua a destruição. O que se constrói para substituir o antigo não tem qualquer valor artístico, nem característico.
 
         Lisboa é cada vez mais confinada a um «núcleo histórico», a abarrotar de gente e a vomitar turistas. E o resto da cidade?
 
         Com isso perde-se para sempre – para sempre – a identidade da cidade, e até o seu valor patrimonial, económico, turístico.
 
         A Câmara não vê isto, na ânsia de construir e ganhar efémeras taxas?
 
         A vereação não percebe que está a matar a cidade?

 

1 comentário:

  1. não está nada!

    temos trotinetas e ciclovias, tudo moderninho.
    é o bonito pá!

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