quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Portugal, século XXI.



Fotografia de Gérard Castello-Lopes




         Não é sem calafrios que vejo Portugal entrar na civilização industrial, que implicará o desaparecimento do folklore, dos pequenos ateliers de arte popular, da vida local, isto é de um mundo de iniciativas pessoais e de pequenos grupos. E como somos um país pequeno e periférico, será o próprio Portugal que morrerá como personalidade nacional. As boas cabeças partirão para Paris e Nova York. Ficarão os executores, para fazer o trabalho do aeroporto e dos restaurantes.
 
(António José Saraiva, carta a Óscar Lopes, Janeiro de 1970).





 



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