sexta-feira, 11 de março de 2016

Diogo & Diogo.

 
 



Fixe este nome: José Manuel Diogo. Não sabe quem é? Eu também não. Mas José Manuel Diogo responde. Além de poeta, apresenta-se ao mundo como «escritor e colunista português». Acrescentamos: e um grande artista. Não de variedades, pois varia pouco. É verdade, nasceu um novo Jaime Quesado. A moda pega. Ontem, 10 de Março de 2016, foi um dia histórico na imprensa portuguesa: no mesmo dia, o mesmo artigo, do mesmo autor, com o mesmo título. Em dois jornais diferentes, um texto igual, palavra a palavra, letra a letra. Só muda mesmo a foto do artista-colunista. No Público, «A maior caça ao homem da história», de José Manuel Diogo. No Jornal de Notícias, «A maior caça ao homem da história», de José Manuel Diogo. Aplausos, plateia, o escritor bisou. Fez o hat trick da crónica,  em mais uma jornada gloriosa de dobradinha opinativa. Não é fácil, convenhamos. Como é que se faz uma coisa destas? Manda-se o barro à parede, enviando o mesmo artigo para dois ou três jornais diferentes, a ver se algum pega? Depois espera-se que a coisa passe e ninguém tope? E quando se dá o caso – como ontem aconteceu – de os editores decidirem publicar Diogo & Diogo logo no mesmo dia? A partir de agora, fixe este nome: José Manuel Diogo. E, já agora, o do seu duplo: José Manuel Diogo. Fixe este nome – e esperemos que os senhores editores do Público e do Jornal de Notícias também o não esqueçam.
 
 

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