Ao
contrário do que sucede nas praias sociais da moda, a riqueza não é aqui
ostentada, sendo a sua exibição até motivo de escárnio e de desprezo. A riqueza
é, assim, pressuposta, ainda que essa
suposição não tenha frequentemente correspondência com a realidade.
No
entanto, na economia política das praias familiares, a riqueza pretérita,
ciclicamente evocada através da recordação dos batalhões de criadas e das
marcas de carros de luxo, é muito mais importante do que a riqueza
contemporânea.
A
memória, aliás, constitui o antídoto possível para o estado de relativa
indigência, e permite manter níveis razoáveis de autoestima social.
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