sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Vidas singulares: Clennon King Jr. (1920-2000).

 
 
 
 

ClennonWashington King Jr. foi um dos vários filhos de Clennon Washington King Sr., mas não é certamente por isso que será recordado. Nem por ter nascido em 1920 e morrido em 2000, em Miami, de cancro da próstata. Talvez por ter sido o primeiro negro que se candidatou à Presidência dos EUA (ficou em 12º lugar, muito atrás de JFK). Talvez por ter sido candidato a dezenas de eleições e cargos, por se envolver em múltiplas campanhas a favor dos direitos dos negros, o que lhe valeu a alcunha de «Black Don Quijote». Em 1958, teve o desplante de se candidatar à Universidade do Mississípi, reservada a brancos. Foi internado num asilo psiquiátrico. Levado a julgamento, o juiz considerou que uma pessoa de cor tinha de ser louca para julgar que poderia ser admitida numa universidade reservada a brancos. Mais tarde, em 1976, nas vésperas da eleição presidencial Clennon tentou ingressar na congregação baptista a que pertencia o candidato Jimmy Carter – e que, em 1976, era reservada a brancos, pasme-se. Não entrou. A congregação do democrata Carter, pasme-se. Fundou a sua própria igreja, terminou os seus dias intitulando-se «His Divine Blackness», o que talvez seja a razão pela qual poucos o recordam. Não é fácil sequer encontrar uma fotografia sua, apesar de existir um filme a ele dedicado. Aqui fica esta breve nova, Clennon King, uma vida singular.
 
 
 
 
 

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