Tal a
palestrante que, perante uma assistência hesitante em disparar a primeira
pergunta do debate – sempre a mais intimidante –, sugere avançar de imediato para
a segunda, proponho-me saltar a ainda inexistente quarta contribuição para a
efeméride alternativa do 250º aniversário de Beethoven e passar diretamente à
quinta. Mais propriamente, a quinta
das suas sinfonias, que aqui será designada pelo acrónimo vitamínico B5 e não se
limitará à quinta-feira, mas se desdobrará em várias “quintas de Beethoven” ao
longo de cinco dias.
É de
lembrar que o rol de contributos para esta efeméride se mantém resolutamente
fiel à promessa de não passar da curiosidade de algibeira, do fait-divers,
e de gracinhas musicais com e sem tino para todas as idades.
Começa-se,
como é lógico, pelo princípio, sendo o princípio o próprio processo de
composição do primeiro andamento da sinfonia e as condições materiais e objetivas
da sua produção, em particular das primeiras quatro notas.
Esse
pompompompom de abertura que viria a constituir um dos motivos mais célebres da
história da música ocidental, e que continua ainda hoje a pôr à prova muito
maestro e maestrina, é assim explicado allegro
con brio, densidade e contexto pelos Monty Python Flying Circus:
Manuela Ivone Cunha.
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