sábado, 4 de fevereiro de 2012

De profundis - III

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                                                                                   Carleton Watkins (1829-1916)




«O simbolismo das cores parece-nos hoje, homens esclarecidos do século XXI, uma coisa do passado remoto. À primeira vista, só num mundo cheio de mistérios, superstições e ignorância como o da Idade Média fazia sentido associar as cores a qualidade e defeitos, vícios e virtudes. Nada mais errado.
Basta pensarmos nalguns lugares carismáticos. Será por mero acaso que o Rio Amarelo fica na China? Ou que a Praça Vermelha fica em Moscovo? Quem não pensa no paraíso celeste ao ouvir falar na Mesquita Azul? E será possível pensar na Floresta Negra (Alemanha) sem sentir um arrepio na espinha. Cada cor tem uma vibração própria e, associada ao nome de um lugar, desperta em nós uma emoção particular»

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(José Cabrita Saraiva, «Corte & Cultura», Sol/Tabu, de 3/2/2012)


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