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O ponto central é a escala humana: um homem num piquenique, 1 metro de largura, 1 metro de distância. A partir daí, a escala é de 10 em 10, para cima, para baixo, cada vez mais longe, cada vez mais perto. Até chegarmos a 10 milhões de anos-luz, 3 vezes a dimensão do Universo observável. Ou, ao invés, até chegarmos à escala de um protão, três vezes a escala de magnitude de um quark. Bem, se continuarmos assim, chegamos a números redondos, e bonitos, como 100,000,000,000,000,000,000,000,000, 000,000,000,000. É como a história do grão de trigo (ou do bago de arroz) no tabuleiro de xadrez, a velocidade estonteante a que avançam as sequências exponenciais. O filme foi feito em 1977 para a IBM, por Charles e Ray Eames, um casal-maravilha do design americano. Conhece a parábola da casca de banana? Foi criada por Charles Eames. Sobre Powers of Ten, ver aqui. Há uma versão de Powers of Ten em livro flipbook – as minhas filhas adoram folheá-lo, de trás para a frente, de frente para trás. O universo em forma de desenho animado, visto e revisto por três pontinhos minúsculos: a Margarida, a Joana e a Leonor. Para os meus protões domésticos:
100,000,000,000,000,000,000,000,000, 000,000,000,000 beijos e abraços.
Agora, não sei porquê, um pouco de Philip Larkin:
Life is first boredom, then fear.
Whether or not we use it, it goes,
And leaves what something
Hidden from us chose,
And age, and then the only end
of age.
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