terça-feira, 17 de março de 2015

Doisneau, aos milhares







Não sei porquê, tenho a ligeira impressão que a crítica menospreza o trabalho de Robert Doisneau. Talvez não acredite na veracidade das imagens. Ou desconfie da vastidão imensa da obra. Ou, pura e simplesmente, acha o estilo delicodoce e demasiado alegre para o gosto contemporâneo. No seu encantador lirismo, Doisneau é uma espécie de Norman Rockwell da fotografia. Se dúvidas houvesse, a série Tableau de Wagner dans la vitrine de la Galerie Romi, rue de Seine, de 1948, torna flagrante a afinidade entre o francês e Rockwell – sobre o qual, reconheço, já me estiquei aqui para lá do que seria razoável.
A Joana Albernaz Delgado, feiticeira do PUFE, mandou-me a referência de um site que recolhe milhares de fotografias do acervo de Doisneau, existindo ainda uma infindável quantidade de negativos por descobrir, por revelar.
Nas suas palavras sábias, «cada um dos quadradinhos tem um mar de fotografias maravilhosas». É isso mesmo. Obrigado, Joana.



1 comentário: