quarta-feira, 1 de maio de 2019

O patriarcado do Teddy Bear.

 
 




         Na primeira imagem, Jumbo, o elefante colossal que andou pelos circos Barnum até ser mortalmente colhido por um comboio. Depois, foi parar às mãos da Universidade de Tufts e do taxidermista, escultor e explorador Carl Akeley (1864-1926), um homem invulgar, com uma vida extraordinária. Invulgar é também um belo livrinho que não conhecia, e que tem tradução castelhana que podíamos aportuguesar como «O Patriarcado do Ursinho Teddy» (ou do Teddy Bear). A autora é uma histórica feminista, o livro um libelo contra o patriarcado e o racismo implícitos – ou explícitos – na construção do Museu de História Natural de Nova Iorque, onde Theodore Roosevelt, pai do Teddy Bear, teve papel de destaque, a par da filantropia das grandes fortunas nova-iorquinas daquele tempo. Pode discordar-se da abordagem de Donna Haraway, e sobretudo das suas frequentes tiradas «intelectualistas», mas é um belo retrato de uma realidade pouco conhecida, sobre a qual existe um livro que dizem ser extraordinário – Kingdom Under Glass, de Jay Kirk. Todos se lembram dos fantásticos dioramas do Museu de NY, mas já agora uma palavra de saudação para os do Museu de História Natural de Milão. E, sobretudo, uma palavra de saudação para o livro de Donna Haraway (uma especialista em ciborgues!), que vale muito, muito a pena – e o preço.
 






 
 

 

 

 

 

 

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