quinta-feira, 26 de abril de 2012

O mundo é um lugar estranho - 1

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Quando foi publicada em 2000, esta fotografia, intitulada «Imigrante morto na Praia de Zahara de los Atunes (Cádiz)», suscitou controvérsia. Muitos não acreditaram, não queriam acreditar, que fosse possível um casal estar tranquilamente sentado numa praia, contemplando o mar, a poucos metros de uma pessoa morta.  Lançaram suspeitas de que a imagem tinha sido manipulada por Javier Bauluz, um fotógrafo asturiano que cinco anos antes havia recebido o Pulitzer pelo seu trabalho no Ruanda. Javier Bauluz, exasperado, contou aqui como captou esta imagem. Um imigrante africano, cuja identidade nunca foi possível apurar. No bolso do cadáver, embrulhadas em plástico, algumas fotografias. Uma delas, a preto e branco, retratava aqueles que, muito provavelmente, eram os seus pais. O mundo é um lugar estranho.


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