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Sobrecarregamos muito a nossa vida, cuidamos de
muita cousa ao mesmo tempo e nenhum de nós, mesmo aqueles a quem se chama os
felizes, mesmo os velhos que d’antes tinham direito ao repouso, nenhum de nós
se pode gabar de ter momentos do ocio.
O mais simples chá acaba por um concerto ou por uma recita; o baile mais modesto
reclama intermédios; o estupido cotillon
necessita de novas figuras e de accessorios mais numerosos.
Muitas pessoas me teem confessado não saberem
que fazer das mãos quando estão deante de gente, para que não pareçam destituídas
de cerebro, de raciocinio.
Cinco minutos antes de entrarem n’uma sala tôrçam
pois as mãos, como se estivessem com um violento accesso de desespero.
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