segunda-feira, 19 de agosto de 2013

De profundis.

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Goya, Perro enterrado en la arena (1820)
 
 
 
 
 

«Os leitores, sabemos bem, são territoriais. Como os cães. Sublinhamos e não suportamos os sublinhados dos outros. Ainda que toscos, mal alinhados, são a marca da nossa passagem por ali. É a reclamação da posse. Como os cães. Como, pois, dar provimento a essa natureza num ecrã? Que efeito terá uma linha mandada traçar por um comando asséptico que não se pode comparar com o chichi? O dos cães. Faz-me sofrer. Confesso. Faz-me sofrer.»
 
valter hugo mãe, aqui
 
 
 
 

 
 
 

3 comentários:

  1. Eu estou mais com a Maria Gabriela Llansol: compreender um texto é como compreender um cão.

    http://umjeitomanso.blogspot.pt/2013/06/compreender-um-texto-e-como-compreender.html

    (texto com o cão de Goya lá dentro).


    Boa noite!

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  2. Profundíssimo, e bastante filosófico. Contudo, faz-me sofrer, confesso. Faz-me sofrer.
    Susana

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  3. Um cão que lhe alçasse a perna era pouco. Que grande cromo! O pobre nem faz ideia do que é a 'Casa de Papel'. Eu li a Casa de Papel.

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