- Rebecca West, Estufa
com Ciclâmenes, Lisboa, Relógio D’Água, 2016
- Olivier Rolin,
Sibéria, Lisboa, Tinta-da-china, 2016
- Bernardo
Santareno (texto e fotografias), Nos Mares do Fim do Mundo, Silveira,
E-Primatur, 2016
- Clarice
Lispector, Todos os Contos, Lisboa, Relógio D’Água, 2016
- André Tavares,
Uma Anatomia do Livro de Arquitectura, Porto, Canadian Centre for
Architecture/Dafne Editora, 2016
- Isabel
Drummond Braga e Paulo Drummond Braga (org.), Animais e Companhia na
História de Portugal, Lisboa, Círculo de Leitores, 2015
- Aniceto Afonso
e Carlos de Matos Gomes, A Conquista das Almas. Cartazes e Panfletos da
Acção Psicológica na Guerra Colonial, Lisboa, Tinta-da-china, 2016
- Umberto Eco, Histórias
das Terras e dos Lugares Lendários, Lisboa, Gradiva, 2015
- Philip Hoare, Leviatã.
Em busca dos gigantes do mar, Lisboa, Cavalo de Ferro, 2015
- Predrag
Matvejevitch, Breviário Mediterrânico, Lisboa, Quetzal Editores, 2009
- José Baganha, A
Arquitetura Popular dos Povoados do Alentejo, Lisboa, Edições 70, 2016
- Norman Davies,
Reinos Desaparecidos, Lisboa, Edições 70, 2016
Estes são alguns livros que eu iria comprar na Feira. Tenho-os quase
todos, sei do que falo. Por isso, talvez não os compre, mas recomendo
muitíssimo que o façam. Só me falta o do Eco que, por excesso de confiança na
minha capacidade de arremate, não comprei a tempo, nem sei se chegará a tempo
desta Feira do Livro, numa reedição que se exige. Mas o melhor da Feira, mesmo
do bom, é o que não se deseja nem procura, do título desconhecido à oleosa
fartura. E, claro, a chuvinha que por lá sempre aparece, ano após ano. Depois o
pingo passa, e até faz parte da graça. Como as sessões de autógrafos a que
ninguém vai ou a vozinha da menina a anunciar palestras, e os livros do dia. Às
tardes de maior calor, multidões incandescentes descem o Parque ao rubro:
namoradinhos tão agarradinhos que foram ali parar às apalpadelas,
professoras dos liceus de Oeiras carregando às costas o Ken
Follett das férias. De permeio, bem ao meio, o olhar
esquivo-maroto do esposo cai no tratado das posições eróticas, ao colo o
mais novo todo lambuzado do algodão que é doce. Lá no alto, quase ao
topo, o autor consagrado pergunta enfastiado o nome alheio – e rabisca o
seu. Na Sociedade Bíblica, uma italiana erasmus pede o
dicionário de bolso franco-portugais. Mandam-na até ao Avante!, que fica mesmo
defronte. Já fora do recinto autorizado, os sempiternos maluquitos dos
manifestos e da poesia d’autor. E, no caminho ao WC (imundo), há
versos fru-fru de Camões. Coisas de feira, enfim.
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