No Portugal pré-25A, havia uns
bonequinhos de pretinhos, ora feitos de barro, ora feitos de plástico. E antes
e depois da revolução houve um génio, um absoluto génio, chamado António Peralta. É um ESCÂNDALO não existir um livro sobre Peralta, nem se ter feito um
catálogo da magnífica retrospectiva da sua obra que esteve patente no Museu de
Etnologia. Já se falou aqui no Malomil de bonecreiros e artistas que abordam a
escravatura e a opressão racial, é tempo – é mais que tempo – de falar de Betye Saar, uma artista afro-americana nascida em 1926 que, na década de 1970,
integrou o Black Arts Movement – ou, pelo menos, assim o diz a Wikipedia, pois
ide à fonte. Quem não quiser, fique-se pelos bonecos, que a artista designa por
seus «ícones pessoais» e que recuperam em belo estilo a tradição folk art americana aditando-lhe uma
mensagem política e cívica em que vale sempre a pena meditar.
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