quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Comboio fantasma.

 







Há uns tempos já passado escrevi nas páginas do Público (obrigado, Paula Barreiros) um texto sobre Arquipélago Gulag. Talvez por isso, o Rui Passos Rocha mandou-me  (obrigado, Rui) um assombroso foto-ensaio do Guardian: milhares e milhares de homens, todos presos políticos, desbravaram o Ártico na construção de uma linha ferroviária. Mais um projecto megalómano de Estaline. Hoje já pouco resta do que foi essa tarefa hercúlea. Só a memória persiste. E, ainda assim, ténue, estilhaçada, como os farrapos que vemos ao vento, presos no arame farpado. Ah, e uma locomotiva negra e vermelha. Não é possível saber ao certo quantos seres humanos ali morreram. Mas que foram muitos, foram.
 
 

2 comentários:

  1. por mais que tente, e já tentei, não consigo entender aqueles que continuam hoje a gritar pelo comunismo. haverá então ditaduras boas e ditaduras más?

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  2. Tem mais do que razão. Mais do que razão.

    António Araújo

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