Seda, fazenda, bambu.
Adolescentes
de dois continentes, rapazes e raparigas, gerações distantes. Das crinolinas e
do fato de fazenda, ao fato Zoot e à fibra de bambu. Entre cordas acústicas e
cordas elétricas, o que os embala? Com que sonham? O que é isso de “dormir” e o
que tem a ver com adormecer? Ó-ó, dormir-dormir, praticam, mas não é coisa que cantem,
nem o que os faz cantar.
A
faixa etária desta rubrica hoje subiu porque sim, e porque acaba de sair o
relatório da OMS sobre comportamento e saúde dos adolescentes. Volta a descer à
infância nos próximos dias também porque sim, e regressa às origens nas
cantigas de embalar do mais clássico e tradicional que há. Sem extravios
estrambólicos nem “pecados de velhice” nostálgicos como este de Rossini, do Álbum
que compôs Para as Crianças Adolescentes.
A
viajar de frente para trás:
1) Mother
May I Sleep With Danger, homónima de um filme e de uma série televisiva
com… vampiros. Vampiros e zombies: what else? O que havia de ser?
De Joy Crooke.
2) La Mandoline. Nota para os francófonos de hoje:
“passar a noite no violino” não é passar a noite dentro de um violino. É no chilindró. Ou “atrás das grades”, para os lusófonos millenials e zoomers – chilindró, convenhamos, está para lá de boomer. Em contrapartida, o requintado “mais
vale mijar num violino” (autant pisser
dans un violon) é transgeracional. Quer dizer “tanto faz, não serve de
nada”.
Por
Bourvil, de Gille Paule e Bernard Michel.
3) La Rêveuse. Tão pungente, esta rapariga que
sonha. Tão tocante o seu enlevo. Só se sonha assim acordado.
De Marin
Marais, por Jordi Savall, Pierre Hantai e Rolf Lislevand.
Manuela
Ivone Cunha
Sem comentários:
Enviar um comentário