terça-feira, 8 de setembro de 2020

Sobre os dois irmãos de Famalicão.







O Vasco Barreto, que é brilhante-fulgurante mas doido, achou por bem dizer umas coisas só à altura da grandeza de carácter que todos lhe reconhecem. Somos amigos há muitos anos, mas nesta excedeste-te, Vasco, poças. E, como amigos de muitos anos, fomos falando deste caso dos dois alunos de Vila Nova de Famalicão que correm o risco de recuar dois anos num percurso escolar brilhante. Ninguém deseja que isso aconteça. E estou em crer que toda a gente, ou pelo menos quase toda, a que assinou este manifesto, não deseja que os dois alunos de Famalicão percam dois anos da sua carreira académica. Ninguém o deseja, nós também não. E, por isso, o Vasco e eu (não, não foi «eu e o Vasco», foi «o Vasco e eu»), decidimos escrever um texto que saiu hoje no Público, edição online e na versão papel. Há quem se mova por grandes princípios, abstracções lindíssimas, ideologias de um sentido ou de outro. A nós preocupa-nos mais o concreto e básico, as pessoas de carne e osso. Talvez seja mais comezinho e mais terra a terra, porventura mais poucochinho, mas não é despiciendo nem de somenos, julgamos nós. Quanto a si, julgue o que quiser – mas conceda apenas que eu e o Vasco, ou o Vasco e eu, escrevemos este texto de coração aberto e em plena boa-fé, total e absoluta.








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