Saiu
para o público português, há poucos dias, a biografia de Nelson Rodrigues, de Ruy Castro.
Uma obra extraordinária sobre uma personagem extraordinária e extra-ordinária.
Aleluia, aleluia.
Após o diferendo legal que impedia actualmente a publicação da sua obra em Portugal, abençoada Tinta da China. Entendo a estratégia de apresentação comercial do autor ao grande público nacional, fazendo incidir as edições sobre a crónica e o conto, formatos de consumo mais fácil. Nelson Rodrigues foi um tremendo aforista e cronista de mão-cheia, cevando-se muito frequentemente na sua experiência de jornalismo criminal. Mas a marca maior da sua produção literária deixou-a no âmbito da dramaturgia. Nenhum autor de teatro em língua Portuguesa no séc. XX pode com ele ombrear em inovação e originalidade. É definitivamente um dos grandes dramaturgos de fala lusa (e são tão poucos os excelentes...) Encenado um pouco por todo o mundo, foi praticamente ignorado (tirando aquela colectânea da Cotovia) na pátria-mãe da sua língua. Isto sim, é extra-ordinário e, como diria o Nelson, digno de quem baba a gravata.
imperdível. diria o Nelson, "o óbvio ululante".
ResponderEliminarApós o diferendo legal que impedia actualmente a publicação da sua obra em Portugal, abençoada Tinta da China. Entendo a estratégia de apresentação comercial do autor ao grande público nacional, fazendo incidir as edições sobre a crónica e o conto, formatos de consumo mais fácil. Nelson Rodrigues foi um tremendo aforista e cronista de mão-cheia, cevando-se muito frequentemente na sua experiência de jornalismo criminal. Mas a marca maior da sua produção literária deixou-a no âmbito da dramaturgia. Nenhum autor de teatro em língua Portuguesa no séc. XX pode com ele ombrear em inovação e originalidade. É definitivamente um dos grandes dramaturgos de fala lusa (e são tão poucos os excelentes...) Encenado um pouco por todo o mundo, foi praticamente ignorado (tirando aquela colectânea da Cotovia) na pátria-mãe da sua língua. Isto sim, é extra-ordinário e, como diria o Nelson, digno de quem baba a gravata.
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