Não sei quem é Luís Franco-Bastos, nem interessa.
Diz ser humorista, o que também não interessa.
O
que interessa é o facto de o Expresso, “semanário de referência”, ter publicado
um texto de Luís Franco-Bastos que, a propósito, de um jogo de futebol da
Alemanha, faz a seguinte graçola supostamente irónica: “Os germânicos apostam no planeamento, continuidade, organização e trabalho colectivo, ou seja, todas as qualidades do tempo do Holocausto se mantêm – e ontem, tal como no tempo do Holocausto, essas qualidades não foram suficientes para lhes dar a vitória.”
No Holocausto não houve vitória nem
derrota. Houve seis milhões de mortos, seis milhões. Se o colunista humorista
não sabe, o Expresso devia sabê-lo.
Talvez seja possível fazer humor com o
Holocausto, tema muito debatido entre os humoristas e não só.
Mas seis milhões de mortos merecem
algum respeito, ou não?
Para mais, numa altura em que o negacionismo e o neonazismo grassam por toda a Europa, ou não?
Quererá o Expresso e a sua direcção
ficarem associados a uma piada sobre o Holocausto?
Se sim, que avisem os seus leitores,
pelo menos. É o mínimo que se pede, um módico de decência para quem lê (ou lia)
o Expresso – e que, sinceramente, não esperava uma abjecção destas.
António
Araújo
Também li e tive a mesma sensação de nojo, ainda para mais sendo um fiel leitor do Expresso.
ResponderEliminarÉ uma piada, não é para ser levada a sério... Que falta de sentido de humor...
ResponderEliminarSe é uma piada, o que não é evidente, é de um mau gosto que mete dó.
ResponderEliminarje suis Charlie...
ResponderEliminarNao vejo onde a piada negue o holocausto e falte ao respeito ás vítimas.
ResponderEliminarOla,
ResponderEliminarDe facto uma piada boçal e de mau gosto. No entanto, se acharmos que vale a pena descer à analise, parece-me a mim que o que é abjecto não é, nem a negação do Holocausto (inexistente), nem a falta de respeito das vitimas (pelo menos não vejo), mas antes a assunção idiota, e para além disso contraditoria nos termos para quem pretende denunciar alegados racistas, de que ser Alemão equivale a ser Nazi...
Não que isso torne o autor da frase mais inteligente ou mais subtil, ou que faça que o descuido do Expresso seja menos censuravel.
Boas
hoje percepciono cada judeu como um Benjamin Porco 1º Ministro. A informação, a escolarização prolongada, não impediram um forte prejudice em relação a judeus de israel. Já assim também,em o douto a. araújo um preconceito horroroso em relação maxime a Isabel Moreira
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