«A
testemunha António José Martins, agente da Polícia de Investigação Criminal de
Lisboa que, a fls. 729, afirma que a Emília se recusava a acompanhar um seu
colega, dizendo
Que
a não levassem para a «fossa»
A
que se referia a Emília?...
Quais
seriam os esforços empregados pelo
agente Hermano da Fonseca a-fim de conduzi a recorrente do calabouço para Secção?
A
fossa em questão não era sítio onde
pudesse estar qualquer pessoa, mesmo que fosse uma criada de servir!!!
Devia
ser, fatalmente, qualquer buraco que, pelos horrores que causava à recorrente,
se parecesse com a toca de um réptil, bem própria, pois, para conseguir todas e
quaisquer confissões dos desgraçados que lá fossem metidos.
Quanto
aos falados esforços, estamos mesmo a ver a brandura e o carinho com que deviam
ser empregados.
Tudo
isto representa uma verdadeira
barbaridade inquisitorial.»
in José Valente, Criminosa à força (O crime de envenenamento da D. Maria da Piedade). Minuta de recurso da arguida Emília Gonçalves da Costa, Porto, 1936, pág. 10.
in José Valente, Criminosa à força (O crime de envenenamento da D. Maria da Piedade). Minuta de recurso da arguida Emília Gonçalves da Costa, Porto, 1936, pág. 10.
barbaridade inquisitorial?
ResponderEliminara cultura da direita
que já não endireita
vai mesmo mal
é a bárbara idade
da insana idade
é perfeitamente
normal
exactissimamente
no velhão
s'atira velho demente
sem tesão