segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Elena Francis, in memoriam.


 

 
 
 
 
         Não li o livro que saiu em 1982 sobre o Consultório de Elena Francis – e que, diz a Wikipedia, causou sensação numa época em que muitos julgavam que Elena Francis era uma mulher real, uma especialista radiofónica em «assuntos de senhoras» que respondia às dúvidas e inquietações das mulheres do franquismo. Num tom moralista, Elena aconselhava as ouvintes a tolerarem as violências dos maridos, as agressões, os insultos, etc. etc. Tudo previsível. O espólio de Elena foi descoberto por acaso em 2005, num armazém de Barcelona: mais de um milhão de cartas enviadas durante décadas. Um livro recente analisa mais de 4.000 dessas missivas, escritas entre 1950 e 1972 (aqui). Nada que não soubéssemos, bastando para o efeito ter lido um livro de Rafael Torres, La vida amorosa en tienpos de Franco ou a fabulosa série de narrativas de Juan Eslava Galán, de que me permito destacar De la Alpargata al Seiscientos. Fica feita a resenha bibliográfica, mas quem preferir o original pode acompanhar no YouTube as emissões radiofónicas da inolvidável Elena Francis.
 




 
 

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