Quando
este quadro de Christiaen van Couwenbergh foi mostrado em Delft, em 1632,
suscitou repulsa. Não por mostrar uma violação de uma mulher negra por homens
brancos, mas por exibir – horror! – uma relação sexual inter-racial. O
historiador Pascal Blanchard (e outros) acaba de lançar Sexe, race et colonies. O subtítulo diz tudo: «A dominação do corpo
do século XV aos nossos dias». Por cá também há muitas fotografias da guerra
colonial como estas aqui mostradas, vindas de França e outras paragens. Um tema
que bem merece ser estudado numa
perspectiva histórica, com serenidade, sem psicodramas ou complexos de um sentido ou doutro.
Bem... estudar essas imagens, e o que está por detrás dela, de "uma perspectiva histórica, com serenidade, sem psicodramas ou complexos de um sentido ou doutro.", quer dizer, sem estados de espírito e juízos de valor, como se estivéssemos perante um estudo de entomologia, é o que sempre se tem feito, não é? É uma espécie de antropologia pasteurizada ;)
ResponderEliminarDe notar que a seguir a "Sexe, race et colonie", dois pontos, vem "Un viol qui a duré six siècles". O Malomil diria que o autor se deixou contaminar por uma metodologia de estudo muito pouco científica...
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