sexta-feira, 19 de outubro de 2018

São Cristóvão pela Europa (69)

 
 

Museu Mayer Van den Bergh, Antuérpia, 3 de Agosto de 2017

 
Mary Higgins Clark é uma autora de romances de suspense e mistério de grande sucesso. Nasceu em 1927 nos Estados Unidos.
Em 1995, publicou o livro Silent Night, cujo título evoca a célebre canção de Natal austríaca.
 
Todo o enredo do livro gira à volta de uma medalha de São Cristóvão. A medalha pertencera a um militar da II Guerra Mundial, a quem teria salvo a vida. Estava mesmo danificada no local em que uma bala tinha feito ricochete.
Na véspera de Natal, um rapaz de sete anos, Brian, neto do militar, vê-se envolvido nas maiores aventuras para salvar a medalha e assim poder entregá-la ao pai que sofre de uma doença grave.
Não que todos acreditem no poder salvífico da medalha.
Diz a mãe da criança: Cristóvão não era senão um mito. Nem sequer é já considerado um santo. As únicas pessoas que ele ajudou  foram os vendedores de medalhas. Antigamente toda a gente as colava no tablier dos carros.
E Jerry que rapta Brian: São Cristóvão! Não ponho os pés numa igreja há lustros mas mesmo eu sei que o despediram há uns anos. E quando eu penso em todas essas histórias que a avó nos contava, como ele levava o Cristo em cima dos ombros através de um rio ou não sei que mais...
Só Brian acredita que a medalha o salvará, a si próprio e ao pai. E imagina-se nos ombros do santo.
No momento crucial do romance, Brian utiliza a medalha como arma de arremesso ao atingir o raptor num olho. Quando no final um polícia o resgata ele pergunta-lhe se é o São Cristóvão.
E o romance termina com o inevitável happy end. Brian e o irmão põem a medalha de São Cristóvão no pescoço do pai e dizem em coro: Feliz Natal, papá.
 
José Liberato
 

 

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