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Passo a caminho do Teatro do Bairro e à esquerda vejo a Magic Mushroom! Discreta, mas concorrida. Um que entra apressado vem já a tirar a carteira do bolso. Que será isto? pergunto-me. Não me digam que vendem cogumelos alucinogénicos às escâncaras no Bairro Alto! Sei que sempre estivemos muito à frente em termos civilizacionais e de expansão (de tudo, agora também da mente!), mas não posso crer que não haja legislação sobre isto, que se enfie psicotrópicos pela goela abaixo assim à maluca, sem rei nem roque! De porta aberta prá rua! Estarei a alucinar?
Depois começam a aparecer as reportagens sobre as smart shops, sítios onde se vende tudo legal, giro, bem empacotado, uppers, downers, fertilizantes, para meter para a veia, para snifar, para comer, para beber… e começam a dar entrada nas urgências dos hospitais adolescentes e gente que já tinha idade para ter juízo com ataques de pânico, crises psicóticas… os psiquiatras da Estefânia e a gente ligada às toxicodependências estão perplexos. Primeiro a culpada era a mefedrona. Mas para cada substância declarada nociva e proibida, centenas saltam dos laboratórios… E toda a gente distribui às claras, toda a gente experimenta… É barato mas é um grande, grande negócio. O que acontece é que como não se sabe o que realmente contêm estas drogas, quando a trip dá para o torto, os neurolépticos que se costumam usar no tratamento das crises psicóticas pura e simplesmente não funcionam.
Então aqui vai uma ideia: porque não começar um movimento de cidadãos para, ao menos, fechar as smart shops, já que contra o tráfico das drogas parece termos há muito desistido absolutamente de lutar?
Este rapaz sabe disto: aqui.
Luísa Costa Gomes
António Araújo
António Araújo
Pois é. Nem imagina os problemas que tem havido nas Escolas secundárias por causa disso.
ResponderEliminarVeja aqui uma notícia sobre a cidade em que vivo:
http://da.ambaal.pt/noticias/?id=1991
Só posso concluir que o Estado é conivente e parece interessado em que a situação se mantenha.
ResponderEliminarresolvia isto de duas maneiras. a 1º punha-me à porta com um cartaz a dizer:' como fiquei após a ingestão destes cogumelos', outro era desfigurar à mordidela as caras destes comerciantes da maldição - verdadeiros filhos daquele que cheira a enxofre. ironia e desfaçatez extremas a analogia aos cogumelos pois nascem por todo o lado e toda a gente sabe que matam - será que estão a gozar? e, amigo anónimo, que esperar do estado - ESSA GRANDE PORCA - q não me deixa comer bolas de berlim na praia e me obriga a comer castanhas embrulhadas em papeis esterilizados ...
ResponderEliminarTambém fiquei perplexa e assustada. Li as notícias e fui parar ao rapaz que percebe do assunto.
ResponderEliminarContem comigo para forçar o rápido fecho destas lojas de que nem sabia a existência. Algumas são minhas vizinhas...
Maria Teresa Mónica
Obrigado, Teresa.
EliminarEntretanto, hoje foi anunciado que o Governo se prepara para legislar sobre o assunto:
http://expresso.sapo.pt/governo-prepara-se-para-proibir-venda-de-substancias-psicotropicas=f761119
António Araújo
O irmão número um decide quem é mal-educado e quem não é. O irmão número um decide o que é bárbaro e o que não é. O irmão número um sabe as motivações das multidões anónimas e conhece o significado simbólico das suas celebrações. O irmão número um sabe e decide que bichos podem morrer e de que modo, da lombriga à baleia azul. O irmão número um vê e conhece quando e como a vida nasce, quando a ameba passou ao celacanto ou quando a célula passou ao ser humano. O irmão número um aponta-nos o caminho da montanha do progresso, porque ele já lá está, no cume, à nossa espera. O irmão número um apenas pretende levar-nos, pela sua mão, a partilhar a sua proximidade moral e ética aos deuses, que (apesar de ele gostar de dizer que não existem) lhe cochicham ao ouvido as verdades eternas. Obrigado, irmão número um!
ResponderEliminar...chiça meu irmão essa é forte! q cogumelo?
ResponderEliminarhttp://oinsurgente.org/2012/10/19/leal-da-costa-esta-de-volta/
ResponderEliminarDevia é ser fechado por estafa! Esses produtos não simulam nem muito menos os efeitos das drogas! Eu já provei e fiquei escandalizado por que não fazia praticamente ninguém efeito parecido a essa "droga".
ResponderEliminarVá juntem lá assinaturas para fechar o negócio e assim uma coisa menos que educar aos vossos filhos...