O
Der Spiegel informa que, aos 95 anos
de idade, morreu na sua cidade natal, na Polónia, Wilhelm Brasse. Sendo ele
próprio um prisioneiro dos nazis, o facto de dominar a língua alemã
garantiu-lhe um posto: fotógrafo em Auschwitz. Pelo trabalho, davam-lhe um
suplemento na alimentação. Terá fotografado entre cerca de 40 ou 50 mil dos
detidos no campo, além de oficiais da SS que aí prestavam serviço. A fotografia
de uma jovem detida, a fotografia do oficial das SS Fremel Rudolf, com a sua
mulher e o seu filho. Destinos diferentes de duas crianças. No final da guerra,
Brasse tentou estabelecer-se como fotógrafo, mas a memória de Auschwitz não lhe
o permitiu. Na sua casa, em cima da mesa, as imagens que captou no coração das
trevas.
Para
o Jorge Almeida Fernandes, com um grande abraço, do
António
Araújo
O oficial das SS Fremel Rudolf com a sua família
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Wilhelm Brasse, em sua casa
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