Não
é a primeira vez que a fotógrafa An-Sofie Kesteleyn
trabalha na América. Entre a sua já vasta obra, há uma série sobre os Menonitas
do Missouri que, talvez mais por causa dos Mnemonitas do Missouri do que das fotografias, merece uma visita.
No
ano passado, ao ler esta notícia sobre um rapaz de 5 anos que matara
acidentalmente a sua irmã de 2 anos, Kesteleyn
decidiu ocupar-se desta realidade das crianças com armas, produzindo a série My First Rifle (aqui). Mais do que as imagens
das crianças, o que impressiona são as notas ou bilhetes que escrevem, na maior
das inocências, dizendo que têm medo disto ou daquilo, do que gostam e do que não
gostam.
O problema das armas na América é muito
complexo, mais do que parece. O sociólogo Anthony Giddens diz-nos que a
questão não reside tanto, ou apenas, na posse de armas quanto na cultura que envolve essa
convicção proprietária. Na Suíça, devida à tradição miliciana, há quase tantas
armas por habitante do que nos Estados Unidos, mas a realidade é
inteiramente diversa. O problema, pois, não está apenas no execrável livre comércio de
armas. Está, isso, sim, no facto de a América, como o mundo todo, ser um lugar estranho.
Se os criminosos podem andar armados não faz sentido que gente honesta e pagante de impostos não possa ter armas. O controlo das armas é uma forma de controlo da carneirada, perpetrada pelo grupo de mafiosos que controla o Estado, também conhecidos por «políticos», os quais vivem à custa de escravizar quem trabalha por um processo de extorsão encapotado na designação «impostos». A extorsão em Portugal chega a superar os 70% do rendimento do trabalho. Se a carneirada tivesse armas estes mafiosos estavam f0D@¨!i0s.
ResponderEliminarGrato pelo espaço e desculpe o calão.
JM