quarta-feira, 14 de maio de 2014

Out of Africa.

 
 
 
 
 
O Pedro Magalhães mandou-me este artigo, dizendo que seria coisa que o Malomil talvez apreciasse. Sem dúvida! Já se tem aqui falado muito de capas de livros, do facilitismo e desleixo com que esta arte, tão nobre, tem sido (mal)tratada. A história relaciona-se agora não apenas com facilitismo mas com a reprodução ad nauseam de clichés  e estereótipos, os preconceitos que fazem com que todas as capas de livros sobre África se assemelhem a um trailer do Rei Leão, com crepúsculos flamejantes, um garotito zulu e a inevitável acácia a darem o enquadramento à cena. À cena vazia.  
 
 
 
Mas há mais: nos romances das arábias, especialmente nos que tratam de princesas aprisionadas em palácios de mármore e serralhos tirânicos, os lugares-comuns repetem-se incessantemente. Mulheres de véu e olhos faiscantes, sempre. Aqui, no Africa is a Country fala-se disso e aqui, no Quartz, até se ensina como fazer uma capa sobre África que evite a dona Acácia e o senhor Imbondeiro. Obrigado, Pedro!
 
António Araújo
 
 
 

1 comentário:

  1. Melhor: no "Viagem por África" do Paul Theroux, editado pela Quetzal. Além do título da tradução não ter nada a ver com o original (Dark Star Safari), a capa inclui o clássico pôr-do-sol africano e uma pele de tigre. Tigres em África?

    ResponderEliminar