Kigali, 15 de Janeiro de 2019.
Entre 14 e 25 de Janeiro últimos tive a
ocasião de visitar o Ruanda.
Conhecer a história do país, a beleza das
suas paisagens, tentar perceber o que aconteceu em 1994 foram os objectivos
desses dias.
O Ruanda é um país mais pequeno que o
Alentejo. Nele foram assassinadas, segundo as Nações Unidas, 800 000 pessoas
por razões de raça num genocídio premeditado e verdadeiramente apocalíptico.
Existem três etnias no país. Antes de
1994, estimava-se que os hutus eram 84% da população enquanto os tutsis eram 15
% e os twas 1%. Há quem afirme que a distinção entre hutus e tutsis se limitava
ao facto de os primeiros se dedicarem sobretudo à agricultura e os segundos à
pecuária e que as distinções foram estimuladas pelas potências coloniais.
Primeiro a Alemanha e depois a Bélgica.
Até 1994, a etnia constava do bilhete de identidade
de cada cidadão, o que permitiu a eficácia trágica do genocídio.
Hoje, tal distinção já não existe.
José Liberato
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