Graças
à amizade de um grande e discreto amigo, fui passado domingo ver uma bela
biblioteca, livros preciosos, grátis e de oferta :), nem tive de me beliscar nem acordar do
sonho de uma longa lista de edições primeiras, lindíssimas, de Agustina Bessa-Luís.
Dela não vou falar, porque Mãe não deixa, ABL é dela, e assim será para sempre
(e eu respeito, Mãe, eu respeito). Só uma historiazinha nossa: ofereci-lhe Sebastião José quando era miúdo, com o prémio
de um concurso desses florais do colégio (e a memória, que me atraiçoa sobre o
que almocei ontem, traz-me inteirinhas e vivinhas todas as palavras do conto
vencedor, obviamente pavoroso).
Anos
depois, Mãe replicou com Santo António,
assinado e dedicado por ABL, com uma «saudação amiga», vede lá.
Trazida
pela minha Mãe, que Maria Joana se chama, a quem ABL deixou também muitas palavras
belas, singulares só dela, em muitos livros, como um de que gosto tanto e que aqui mostro, Longos Dias Têm Cem Anos, sobre Vieira, com Arpad ao fundo.
E
têm mesmo, Mãe: longos dias têm cem anos. Agora um beijo, claro.
P.S. e ainda em tempo – uma vez, tive a ventura de ver, nos
esconsos de um livreiro amigo, uma caixote com a obra toda de ABL, em 1ª
edição, pronta a ir para uma universidade da América. Maior ventura foi
constatar que a colecção ABL da Mãe não lhe ficava atrás, muito pelo contrário.
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