quinta-feira, 2 de julho de 2020

Máscaras commedia dell’arte.






Dois modelos da galeria de personagens da commedia dell’arte, fabrico renascentista popular, adequado a encontros de rua, conversas de café e treinadores de bancada.


1. Scaramouche. Tanto pode ser esperto, como estúpido; tanto intriguista, troca-tintas e velhaco, como comovente. Na proposta em baixo hesita até ao segundo 52, depois decide-se e fica sobretudo enternecedor. É o andamento moderado (o 2º) de Scaramouche, a suite para 2 pianos de Darius Milhaud, pelas irmãs Labèque.

2. Polichinelo. Não sabe guardar segredos, mas é tudo o que espalha aos quatro ventos. Não vírus, portanto. Além disso, sabe rir, imitar os pássaros e troçar de tudo, incluindo de si próprio. Entre os vários Polichinelos, a escolha recai sobre o de Anton Arenski, por Shan-shan Sun e Per Tengstrand. Quem preferir com orquestra – logo, com mais companhia – encontra aqui um exemplar com bom corte.







Manuela Ivone Cunha














Sem comentários:

Enviar um comentário