quinta-feira, 23 de julho de 2020

Verão. Furiosamente Verão.






Depois da revelação que continua a ser a aproximação à liberdade e puro prazer do Verão, das Quatro Estações de Antonio Vivaldi, por Nemanja Radulovic com a Double Sens Orchestra -- impetuosa, desgrenhada e com uma garra decapante –, o extravagante Nigel Kennedy a bater o pé furioso, chocante e impune – e oh! tão feliz a levitar nas botas cardadas e a levar os colegas da Orquestra de Câmara Polaca a levantar voo com ele.

A rematar, a delícia desconcertante da recomposição contemporânea da mesma estação por Max Richter, com Daniel Hope e a Orquestra de Câmara de Berlim.

Abram alas para este bouquet estival, as asas que o confinamento não tiver atrofiado e desamparem a loja as máquinas de costura de picar o ponto. Fujam, isto não é para salões!

Nas três versões de L’Estate, o 3º andamento (Presto), em poucos minutos cada.









Manuela Ivone Cunha







3 comentários:

  1. Para salões não serão mas para o campeonato de corta-mato talvez.
    Já me perdi nessas corridas,haverá decerto um limite para a velocidade dos arcos.Depois só máquinas.
    Não se pense que não tenho curiosidade e por vezes gosto mas duvido da aprovação do Padre Ruivo.E coitadinas das educandas.
    A propósito , estas senhoras já com alguma idade declararam-se afectas ao Mestre e julgo que o não deixaram eriçado.
    https://www.youtube.com/watch?v=zQzcY6gqDNM
    Leio sempre os seus textos com muito gosto mesmo divergindo nalguns casos.
    jose


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    1. E que teria ele feito sem elas? Há coisas que nunca saberemos. Nem dele, nem delas :)
      Muito obrigada pelo seu comentário, e pela peça, que não conhecia e apreciei.
      Manuela

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