Pfaffengasse, Passau,
Alemanha, 2 de Outubro de 2018.
Existem vários ritos na liturgia da Missa Católica.
Um deles é o rito ambrosiano, criado por Santo Ambrósio (340-397). Santo
Ambrósio foi Arcebispo de Milão e um promotor dos cânticos antifonais em
que o coro se divide em duas partes que cantam uma em resposta a outra.
O rito subsistiu, mesmo sofrendo algumas transformações, às decisões
litúrgicas do Concílio Vaticano II. Curiosamente o Cardeal Montini, futuro Papa
Paulo VI e então Bispo de Milão, celebrou missa segundo o rito ambrosiano em
plena Basílica de São Pedro durante o Concílio.
Santo Ambrósio, no Prefácio da Missa do dia 25 de Julho, então dia da
Festa de São Cristóvão, diz estas palavras:
Senhor, Vós atribuístes tantas virtudes, graças e ciências a Cristóvão que
pela sua divina doutrina e os seus milagres ele converteu quarenta e oito mil
pessoas, libertando-as das trevas da Generalidade pela luz da Fé. Ele trouxe à
glória da castidade Aniceta e Aquilina, cortesãs pervertidas, inveteradas na
miséria do seu pecado, ensinando-as ao confessar a sua Fé e ao receber em seu
nome a coroa do martírio. Tendo sido lançado ao fogo e amarrado a um banco de
ferro, não receou o calor das chamas. E não foi atingido pelo milhão de flechas
que os soldados lhe lançaram ao longo de um dia inteiro, uma das quais vazou um
olho de um carrasco. Mas o sangue, ensopado na terra, do bem-aventurado Mártir
restituiu-lhe a vista e dissipando a cegueira do corpo, iluminou também a sua
alma. Ele obteve o perdão e a graça de curar as doenças e as enfermidades por
sua intercepção.[1]
José Liberato
[1] Em Les fleurs des viés des saints,
recolhidas por R. P. Ribadeneira da Companhia de Jesus, publicado por Richard
Lallemand em Rouen, 1712.
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