domingo, 6 de janeiro de 2019

São Cristóvão pela Europa (77).

 
 
 
Pfaffengasse, Passau, Alemanha, 2 de Outubro de 2018.
 
Existem vários ritos na liturgia da Missa Católica.
Um deles é o rito ambrosiano, criado por Santo Ambrósio (340-397). Santo Ambrósio foi Arcebispo de Milão e  um promotor dos cânticos antifonais em que o coro se divide em duas partes que cantam uma em resposta a outra.
O rito subsistiu, mesmo sofrendo algumas transformações, às decisões litúrgicas do Concílio Vaticano II. Curiosamente o Cardeal Montini, futuro Papa Paulo VI e então Bispo de Milão, celebrou missa segundo o rito ambrosiano em plena Basílica de São Pedro durante o Concílio.
Santo Ambrósio, no Prefácio da Missa do dia 25 de Julho, então dia da Festa de São Cristóvão, diz estas palavras:
Senhor, Vós atribuístes tantas virtudes, graças e ciências a Cristóvão que pela sua divina doutrina e os seus milagres ele converteu quarenta e oito mil pessoas, libertando-as das trevas da Generalidade pela luz da Fé. Ele trouxe à glória da castidade Aniceta e Aquilina, cortesãs pervertidas, inveteradas na miséria do seu pecado, ensinando-as ao confessar a sua Fé e ao receber em seu nome a coroa do martírio. Tendo sido lançado ao fogo e amarrado a um banco de ferro, não receou o calor das chamas. E não foi atingido pelo milhão de flechas que os soldados lhe lançaram ao longo de um dia inteiro, uma das quais vazou um olho de um carrasco. Mas o sangue, ensopado na terra, do bem-aventurado Mártir restituiu-lhe a vista e dissipando a cegueira do corpo, iluminou também a sua alma. Ele obteve o perdão e a graça de curar as doenças e as enfermidades por sua intercepção.[1]
 
José Liberato
 
 


[1] Em Les fleurs des viés des saints, recolhidas por R. P. Ribadeneira da Companhia de Jesus, publicado por Richard Lallemand em Rouen, 1712.
 


 

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