Catedral de Erfurt, Alemanha, 22 de
Setembro de 2015
Fulcanelli é um personagem de
mistério, alquimista e autor esotérico, cuja identidade se desconhece. Em 1926
publicou em Paris “O mistério das catedrais”.
Nele refere-se ao tema da estátua de São Cristóvão erigida na
Igreja Notre Dame de Paris.
Em meados do Século XVIII, o capítulo de Notre Dame recebeu
ordem de suprimir a estátua de São Cristóvão. O colosso, pintado de cinzento,
fora mandado erigir por um camareiro de Carlos VI de França.
Em 1772 pretenderam removê-la mas Christophe de Beaumont
(1703-1781), arcebispo de Paris, opôs-se formalmente. Só depois da sua morte
foi transportada para fora da cidade e partida.
Para motivar tais actos é evidente
que teria de haver razões muito fortes. Segundo Fulcanelli existe uma
justificação na cabala fonética conforme à doutrina hermética perseguida por
certas correntes dentro da Igreja.
Assim, Cristóvão equivaleria a
Crysophe (que transporta o ouro) com várias consequências naquela doutrina com
conotações com a energia de Mercúrio e a posse do Elixir. O Mercúrio terá como
cor emblemática o cinzento, muitas vezes a cor do revestimento das estátuas de
São Cristóvão na Idade Média.
José Liberato
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