quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

São Cristóvão pela Europa (51)

 
 

 
 
Catedral de Erfurt, Alemanha, 22 de Setembro de 2015
 
Fulcanelli é um personagem de mistério, alquimista e autor esotérico, cuja identidade se desconhece. Em 1926 publicou em Paris “O mistério das catedrais”.
Nele refere-se ao tema da estátua de São Cristóvão erigida na Igreja Notre Dame de Paris.
Em meados do Século XVIII, o capítulo de Notre Dame recebeu ordem de suprimir a estátua de São Cristóvão. O colosso, pintado de cinzento, fora mandado erigir por um camareiro de Carlos VI de França.
Em 1772 pretenderam removê-la mas Christophe de Beaumont (1703-1781), arcebispo de Paris, opôs-se formalmente. Só depois da sua morte foi transportada para fora da cidade e partida.
Para motivar tais actos é evidente que teria de haver razões muito fortes. Segundo Fulcanelli existe uma justificação na cabala fonética conforme à doutrina hermética perseguida por certas correntes dentro da Igreja.
 
Assim, Cristóvão equivaleria a Crysophe (que transporta o ouro) com várias consequências naquela doutrina com conotações com a energia de Mercúrio e a posse do Elixir. O Mercúrio terá como cor emblemática o cinzento, muitas vezes a cor do revestimento das estátuas de São Cristóvão na Idade Média.
 
José Liberato

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