A desigualdade está a avançar a nível global. Mas a América é dos países onde o fenómeno assume maiores proporções. 1 por cento dos americanos mais abastados concentram mais valor do que os 90 por cento da base, segundo um estudo do Economic Policy Institute, de Washington. Antes da crise de 2007/2009, a concentração de riqueza nos dez por cento dos americanos mais ricos atingiu os 49,7%, a mais alta concentração desde 1917. O problema não está na existência ricos, mas no aumento do fosso ricos/pobres e na falência da classe média. Entre 2007 e 2010, a riqueza média das famílias norte-americanas caiu 40 por cento. 43,6 milhões de norte-americanos, de uma população total de 311 milhões, está dependente, para sobreviver, dos «cupões de comida» do Programa de Assistência Nacional Alimentar. Enquanto isso, uns alimentam fantasias de construir réplicas de Versalhes, como mostra este excepcional documentário. A este ritmo, para onde vamos? Possivelmente, a caminho de novas bastilhas.
António Araújo
Os 10% dos americanos mais ricos também pagam cerca de 45% dos impostos federais (nacionais). Mais do que acontece com os seus congéneres na Alemanha, na França e na Suécia.
ResponderEliminarA haver «novas Bastilhas» nos EUA, elas só deverão acontecer por culpa de movimentos do tipo «Occupy Wall Street», cujos elementos são doutrinados nas universidades por professores esquerdistas. Toda a lenga-lenga dos «1% contra os 99%» é a sua versão da luta (e da inveja) de classes, que se diria impossível no país até há pouco tempo, mas que se tornou possível com a eleição de Barack Obama.