terça-feira, 2 de junho de 2015

De profundis.

 
 
 



 
«Gerhard Schroeder era casado pela quarta vez e sabia que a minha vida pessoal também não tinha simples até aí. Perguntou-me quantos filhos tinha, falou-me da sua família e disse-me, educadamente, que estava cheio de vontade de chegar a casa, onde, por razões de trabalho e de constantes deslocações, tinha estado pouco nos dias anteriores. Disse-me que estava ligar cheio de saudades da sua filha pequenina, uma criança adoptada por ele e pela mulher, nascida em São Petersburgo. É bom lembrar que São Petersburgo é a terra onde Putin também teve responsabilidades na autarquia. Obviamente por coincidência e razões diferentes, mas ambos têm ali laços com São Petersburgo. Lembre-se ainda que Schroeder, desde que saiu do Governo, tem uma ligação especial à Gazprom, através da presidência da assembleia geral do consórcio que gere o gasoduto Nord Stream, detido em 51 por cento por aquela empresa de energia russa. Falámos muito dos filhos e da importância da exigência ser maior na dedicação de se manter entre eles um forte espírito de família.»
 
(Pedro Santana Lopes, Correio da Manhã/Domingo, de 31/5/2015)
 
 
 

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