Antes de discursarmos nas Nações
Unidas, vamos para uma salinha onde aguarda quem é o orador seguinte (…).
Lembro-me de o embaixador me ter perguntado: «Senhor primeiro-ministro, posso
ter o atrevimento de lhe perguntar se está nervoso?» Eu respondi-lhe: «Pouco.»
E simpaticamente disse-me: «Não se impressione, todos os líderes do mundo ficam.»
E contou-me que o Presidente Kennedy tinha o truque de segurar as mãos atrás
das costas para disfarçar alguma agitação.
Quando o presidente da Assembleia Geral
anuncia o orador seguinte, abrem-nos a porta, entramos para a sala, sentamo-nos
numa cadeira e então é-nos dada a palavra. Devo dizer a todos os que leiam
estas palavras que é, na verdade, uma sensação especial, a de estar ali a falar
para os representantes do mundo todo em nome da nossa Pátria.
(Pedro
Santana Lopes, «Momentos inolvidáveis», Correio da Manhã, de
28-06-2015)
É terrivel viver num país que não sabe aproveitar os seus genios.Este homem é um mister!
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