quinta-feira, 13 de junho de 2013

Com uma cicatriz no peito.

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Dizem os especialistas que o cancro se vai tornar, ou já é, uma doença crónica. Que, em breve, dos «3 em 1», que deram o mote ao livro One in Three, vamos para passar para «2 em 1» quanto à incidência de cancro. Uma em cada duas pessoas vai ter cancro, ainda que as probabilidades de cura sejam cada vez maiores, sobretudo para certos tipos de cancro.
 
 
 
         O cancro da mama afecta milhares de mulheres em todo o mundo. Mas o cancro da mama não é necessariamente o fim do mundo. Não é nova a ideia de fotografar os peitos cicatrizados de mulheres que foram alvo de mastectomias ou de reconstruções mamárias. Em todo o caso, merece referência o SCAR Project. Diversas mulheres jovens, entre os 18 e os 35 anos, sobreviventes de cancro da mama, deixaram-se retratar pelo fotógrafo de moda David Jay. O cancro da mama é a principal causa de morte por cancro nas mulheres entre os 15 e os 40 anos. Aquilo que começou por ser uma campanha de angariação de fundos e de prevenção tornou-se um manifesto libertador para as mais de 100 mulheres – a mais nova das quais com 18 anos – que até agora aceitaram posar para David Jay. Nas palavras deste, «para estas jovens, serem fotografadas representou a sua vitória pessoal sobre esta terrível doença. Ajudou-as a reivindicarem a sua feminilidade, a sua sexualidade, identidade e poder...».

         Não sabemos, isso cabe a cada qual ajuizar; sobretudo, a cada uma das mulheres fotografadas. Nos Estados Unidos, há movimentos que, na esteira do gay pride, reclamam o disability pride, o «orgulho na deficiência». A discussão levar-nos-ia muito longe, começando, desde logo, por saber até que ponto isto pode ser considerado «deficiência». Queremos apenas chamar a atenção para este projecto, que já deu lugar a uma exposição itinerante, a um livro e a um documentário, Baring It All:
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