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Já aqui falei várias vezes de ruínas, como o
projecto Ruin’Arte, do Gastão de Brito e Silva. Prometi ao André falar do Speer
e da sua teoria das ruínas, mas faltou tempo e engenho… Hoje uma breve história que
mistura ruínas e recordações. Sarah Schönefeld tinha dez anos quando o Muro
ruiu. Duas décadas volvidas, os edifícios e os lugares que marcaram a sua
infância na República Democrática Alemã estão semidestruídos, abandonados. Este
não é um projecto fotográfico vulgar sobre ruínas, como aqueles que mostram as
grandes naves industriais desertas de Detroit. Aqui há um envolvimento pessoal
fortíssimo, em que se cruzam as imagens de lugares abandonados com retratos
autobiográficos de momentos aí passados: a piscina onde se aprendeu a nadar, a
antiga escola, o parque de diversões… Não deve ter sido fácil a Sarah
Schönefeld ver toda a sua infância devastada. Praticamente, nada sobrou. Para mais imagens, a excepcional edição online, em inglês, do Der Spiegel.
António Araújo
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